Paralelamente às guerras visíveis – divulgadas, documentadas, fotografadas e televisionadas ao longo da história –, outras guerras tão ou mais importantes são travadas nas sombras, às escondidas dos olhos dos cidadãos comuns: agências e serviços secretos vêm desde sempre atuando nos bastidores do poder, produzindo conhecimentos que serviram e servem para influenciar decisões governamentais (até mesmo catapultando os conflitos que acontecem às claras). A ação dos agentes secretos, romanceada em livros e em filmes hollywoodianos, já é naturalmente cercada de mistérios. Agora, com a publicação de milhares de documentos pelo WikiLeaks e a divulgação da existência de um novo sistema denominado PRISM, da Agência de Segurança Nacional (NSA), que monitora redes sociais, e o emblemático caso da Agência de Espionagem britânica (GCHQ), que em conjunto com a NSA grampeou as comunicações realizadas por cabos de fibra ótica – o que inclui ligações telefônicas e mensagens via e-mail em todo o Reino Unido –, o tema volta a despertar grande interesse e a ser alvo das mais diversas teorias conspiratórias. O autor, grande especialista na área, relata neste Guerra nas sombras a verdadeira história da atividade de inteligência e sua contribuição na adoção de políticas governamentais, além de tratar de aspectos particulares do funcionamento dos serviços secretos internacionais.