Site 100%Seguro

    0
  • Thumbnail 1
É Prudente Matar Um Calado

É Prudente Matar Um Calado

Avaliação:
R$ 39,70 á vista

Em até 4 de 9.93 s/juros

Fora de estoque
Código: 9786553610118
Categoria: Poesia
Compartilhe:

Descrição Saiba mais informações

quando leio um livro de poemas, geralmente dois caminhos se me abrem: ou sinto aquela ânsia em responder a pessoa, como se tudo que está escrito ali fosse destinado a mim numa conversa infinita, ou dá uma espécie de despersonalização, um tipo de barato “eu escrevi isto” – nesse caso autoria é uma rasura e se respondo é a mim mesma, como se estivesse nesse hospital psiquiátrico que é a própria mente cheia de espelhos quebrados que diz “sim a poesia bate-volta, é sua e é minha e é nossa”. o livro de estreia de murilo lense é um híbrido dos dois tipos, abro-o e abro-me: “ao ler poesia// às vezes salto/ as estrofes do meio”, mas aqui não me detenho, continuo indo fundo porque sim “este é um texto livre”, afinal ele sou eu, texto-corpo que pensa, vive, goza, tem ansiedades – tal hora me pergunto “ama?” então não me detenho, sigo sendo poema viva.  e é aí que aparece um outro, um primeiro, um antes de mim, um antes hospital psiquiátrico na cabeça: o cotidiano do autor (a quem quero responder, quero mandar cartinhas e receitas tarja-preta com os poemas portugueses que aparecem aqui e ali nesse livro), um autor escorregadio que se mostra sem se mostrar (a quem quero dizer é mesmo bonito um livro de poemas que se mostra – quase – apenas por seus poemas) e de quem não conhecemos o cotidiano senão por dentro, senão escrito, senão pensamento escrito, sendo simplesmente: poesia. mas, ai, que ele dobra sua própria esquiva e oferece vagamente uns laivos de interior, de seus avós, sotaques, uma nesga de infância. porque escrever, mesmo a coisa mais ficcional e fantasiosa e impossível, é mostrar-se. “é prudente matar um calado”, oferecer um livro onde não se ser, mas estrelar-se nas multidões. e é na leitura que isso é possível, por isso volto a ser dona desse livro, dessa poesia. junto de legiões, oxalá. porque sonhamos, “desmímicamos”. nina rizzi ______________________________________Li numa revista científica que sou falso-calmo que não suporto pessoas lentas nas marquises e que dentro do meu beija-preguiça há um coração de bicho-flor – anseia por chegar logo ao fim do poema.   A verdade é que eu preferiria ser  um calmo-calmo mas como a revista científica disse que não sou deixo-vos aqui algumas vexaminosas confissões
Páginas78
Data de publicação30/12/2021
Formato13x17x1
Largura13
Comprimento17
Loading...


Midias Sociais

Categoria

    Conteúdo

    Fale Conosco

    ATENDIMENTO AO CLIENTE

    TELEFONE


    E-MAIL


    Midias Sociais

    © 2025 | , - - CNPJ: Todos os direitos reservados.
    Esse site é protegido por reCAPTCHA e a Política de Privacidade e Termos de Serviço do Google se aplicam.
    Desenvolvido porKonekta
    Meu carrinho×
    Seu carrinho está vazioNavegue pelas categorias de livros e adicione os títulos desejados ao seu carrinho de compras.