Este trabalho traz preocupações teóricas sobre temas que são escondidos da rotina jurídica. "Em verdade, quando enlaçamos a história dos direitos humanos com a questão ambiental introduzimos, mesmo que indiretamente, a necessidade de reconceituarmos o sujeito de direito. Falar em meio ambiente há que se admitir que o ser humano não é somente um destinatário dos problemas criados, mas parte desse todo que vai do vegetal ao animal, do social ao ético. A questão ambiental está inscrita na essência do ser humano, que dela participa, influencia e sofre os efeitos. As relações com os outros e com o ambiente devem atingir a fraternidade e hospitalidade, não bastando a tolerância, mas recebendo o todo como um lugar que participa de nós, constituindo relações recíprocas de uma fraternidade global. Como podemos inferir da leitura do texto, a solidariedade é condição para construirmos um futuro comum com nossos semelhantes, com nossos diferentes e com todos componentes naturais e quase naturais que participam do meio ambiente." Roberto Aguiar